Confira na íntegra a matéria sobre o Mundial de Patinação publicada pelo site Superesportes
14 novembroMundial de patinação artística começa hoje em Brasília
Pela primeira vez no Brasil, a competição será realizada no Ginásio Nilson Nelson
Ana Cláudia Felizola - Correio Braziliense
“A gente tem a expectativa de ver boas apresentações dos brasileiros. Não falamos em medalhas porque, na patinação, tudo depende do dia. Mas temos muitas chances”, acredita o vice-presidente da Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação (CBHP), Alexandre Almeida.
Segundo ele, patinam em Brasília 97 atletas nacionais, representantes de diversas modalidades, como a livre individual, a free dance e os grupos de show. “Mesmo com todas as dificuldades que tivemos pela falta de verba do Ministério do Esporte, outras pessoas nos apoiaram. Não será um campeonato de luxo, mas com qualidade”, aponta o dirigente.
Entre os principais atletas que a torcida brasiliense poderá ver de perto estão o tricampeão pan-americano Marcel Stürmer — atualmente o terceiro melhor do mundo —, a medalhista de bronze no Pan de Guadalajara, Talitha Hass, o campeão mundial Gustavo Casado e o campeão sul-americano Carlos Radtke.
Para que o público conheça seus representantes e saiba para quem torcer com mais afinco, o Correio traz hoje um pouco sobre os atletas que merecem o seu apoio durante os próximos dias. Eles e os outros patinadores brasileiros terão, em solo candango, a missão de ampliar o número de 11 medalhas que o país tem até agora no evento. A entrada para o Mundial de Patinação Artística será gratuita.
Apresentações em conjunto
Além dos medalhistas individuais, o Brasil tem na lista de quem já subiu no pódio duas equipes: o grupo de show Inforzato e o minigrupo de show do Clube Internacional de Regatas, ambos vice-campeões do evento em edições anteriores e na luta pelo título de 2011.
Número
11 - Quantidade de medalhas que o Brasil já conquistou em edições do Mundial de Patinação Artística
Estou
muito feliz de poder competir no meu país, acredito que a torcida e a
força dos amigos ajudarão muito. Ser o anfitrião e receber todos os
atletas de fora é muito legal"
Carlos André Radtke, patinador brasileiro
Competir dentro de casa é a maior motivação de todas. Ter a torcida a nosso favor é algo inacreditável"
Marcel Stürmer, patinador brasileiro
Carlos André Radtke, patinador brasileiro
Competir dentro de casa é a maior motivação de todas. Ter a torcida a nosso favor é algo inacreditável"
Marcel Stürmer, patinador brasileiro
Os destaques da competição
Após ter conquistado o tricampeonato pan-americano consecutivo com o ouro em Guadalajara, Marcel Stürmer aterrissa em Brasília como o brasileiro mais bem cotado na competição. E não é para menos: o gaúcho é atualmente o terceiro melhor patinador do mundo, após faturar o bronze na edição de Portugal, no ano passado. Além disso, o atleta já havia conquistado a mesma medalha em 2002, em 2003 e em 2008.
Segundo o patinador, o treinamento para a disputa deste ano foi ainda mais intenso por causa da expectativa da competição dentro do país. “Por ser no Brasil, a preparação foi superior, ainda mais porque eu também tinha o Pan neste ano. Agora é chegar em Brasília e patinar o melhor possível”, aguarda o atleta, na expectativa do ouro.
Marcel mal pode esperar para patinar em terras já desbravadas. “Competir dentro de casa é a maior motivação de todas. Ter a torcida a nosso favor é algo inacreditável porque o Mundial nunca foi aqui”, comenta. O ginásio Nilson Nelson já recebeu as patinadas do gaúcho em 2007, durante o Brasileiro Interseleções.
Rumo ao seu quinto mundial júnior, o gaúcho de Santa Cruz do Sul quase subiu ao pódio em 2009, na Alemanha, quando ficou com a quarta colocação na modalidade livre. No ano passado, em Portugal, no entanto, ele conseguiu a primeira medalha: um bronze no Combinado, resultado da somatória de apresentações em duas categorias.
Consciente da responsabilidade que terá nesta edição, em Brasília, Carlosnão despreza os oponentes, mas confia na própria força. “Acho que entro na disputa como um dos favoritos. Os adversários são praticamente os mesmos dos últimos anos, sendo dois italianos os principais concorrentes. Mas acredito que posso garantir um resultado muito bom”, espera o atleta de 19 anos, que, mesmo competindo também em outras categorias, tem por objetivo principal faturar uma medalha no livre individual. “Estou confiante, pois os treinamentos têm sido muito bons e a torcida também é grande”, afirma o atual campeão sul-americano.
Patinar em casa é uma motivação a mais. “Estou muito feliz de poder competir no meu país. Acredito que a torcida e a força dos amigos ajudarão muito. Ser o anfitrião e receber todos os atletas de fora é muito legal”, anima-se o patinador. No Nilson Nelson, Carlos irá se apresentar com ritmos clássicos e outros mais agitados, como o can-can e o tango eletrônico.
Atleta de 20 anos, o santista estreia na competição sênior neste ano. Se a nova fase lhe render tantos títulos quanto a anterior, Gustavo Casado não tem com que se preocupar. O patinador é o brasileiro com o maior número de medalhas conquistadas em campeonatos mundiais de categorias juniores: foram sete até hoje, sendo quatro de ouro, duas de prata e uma de bronze. No ano passado, em Portugal, o atleta venceu na categoria Combinado júnior.
Mas Gustavo também já teve experiências entre os mais velhos. Apontado como o sucessor de Marcel Stürmer, ele figurou logo abaixo do gaúcho no pódio do campeonato Pré-Pan, em março deste ano, realizado em Rosário (Argentina). “Treinei muito para esse campeonato, tenho certeza de que posso competir muito bem”, acredita o atleta, que, em uma de suas coreografias, vai apresentar um samba, em homenagem ao evento em solo brasileiro. “O público faz com que a gente tenha mais vontade de entrar em quadra e acertar.”
Talitha Haas
Aos 16 anos, a patinadora gaúcha, de Novo Hamburgo, ficou mais conhecida no mês passado, durante os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Em sua primeira participação no evento continental, a atleta faturou a medalha de bronze.
Mas, antes, Talitha já havia marcado seu nome no esporte, ao conquistar o bronze no Campeonato Mundial júnior de 2009, em Freiburg (Alemanha). O feito inédito ainda não foi igualado — ela é, até hoje, a única brasileira a subir no pódio de um Mundial júnior da modalidade. “Como ninguém nunca conseguiu algo acima, acho que o que vier é lucro”, opina a garota, dizendo que não se sente pressionada para obter novas conquistas.
Desta vez, Talitha terá a missão de superar o desempenho na edição do ano passado, que lhe rendeu a sétima colocação. Ainda assim, o que não falta ao currículo da atleta são títulos imponentes: a patinadora é bicampeã sul-americana (2008 e 2011) e tetracampeã brasileira, de 2008 a 2011.
“O Mundial é sempre mais difícil, mas acho que, se eu fizer o que venho treinando, consigo uma boa classificação”, aposta.
Aos 16 anos, a patinadora gaúcha, de Novo Hamburgo, ficou mais conhecida no mês passado, durante os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Em sua primeira participação no evento continental, a atleta faturou a medalha de bronze.
Mas, antes, Talitha já havia marcado seu nome no esporte, ao conquistar o bronze no Campeonato Mundial júnior de 2009, em Freiburg (Alemanha). O feito inédito ainda não foi igualado — ela é, até hoje, a única brasileira a subir no pódio de um Mundial júnior da modalidade. “Como ninguém nunca conseguiu algo acima, acho que o que vier é lucro”, opina a garota, dizendo que não se sente pressionada para obter novas conquistas.
Desta vez, Talitha terá a missão de superar o desempenho na edição do ano passado, que lhe rendeu a sétima colocação. Ainda assim, o que não falta ao currículo da atleta são títulos imponentes: a patinadora é bicampeã sul-americana (2008 e 2011) e tetracampeã brasileira, de 2008 a 2011.
“O Mundial é sempre mais difícil, mas acho que, se eu fizer o que venho treinando, consigo uma boa classificação”, aposta.
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